RR
O melhor amigo de TODOS...
Rodrigo Rodrigues foi o entusiasmo em pessoa. Jornalista, apresentador, escritor e músico, abriu TODAS as portas, criou uma rede de relacionamentos impressionante e nos deixou um legado extraordinário, que merece ser lembrado e estudado.

Em julho de 2020, o Brasil literalmente parou, quando dezenas de celebridades vieram à público e se emocionaram ao contar suas histórias de bastidores.

Mais que uma justa homenagem, dedicamos esse espaço como forma de inspiração e exemplo do poder desta energia criativa vital.

Preste atenção aos detalhes da sua personalidade amorosa e iluminada, que o fizeram se tornar uma rara unanimidade, neste meio tão competitivo.

Nascemos em 1975 no Rio de Janeiro e passamos a adolescência juntos na Tijuca, frequentando os mesmos lugares, convivendo com os mesmos amigos, falando sobre os mesmos assuntos, no mesmo clube, na mesma escola, nas mesmas viagens, nos mesmos festivais de música...

Você era aquele “cara” que iluminava os lugares por onde passava, sempre comunicativo e espirituoso. Falava com Deus e o mundo, tratando qualquer um como irmão.

Quase não conversávamos, porque você era rápido e intenso demais, como se vivesse várias vidas por segundo. Já dosava ironia e doçura de um jeito único, cativando todo mundo com seus sorrisos e olhares irresistíveis.

Nos afastamos no período de faculdade e ficamos quase uma década sem nos falar, até que o destino promoveu nosso reencontro em São Paulo, em 2003.

Nossas carreiras já estavam bem encaminhadas, tínhamos livros publicados e vários projetos em andamento.

Éramos otimistas, curiosos, apaixonados, corajosos, ambiciosos e realizadores. Vibrávamos em alta frequência porque estávamos em harmonia e o entusiasmo nos impulsionava.

Em um boteco na Vila Madalena, surgiu aquela ideia de escrevermos um livro sobre liderança a quatro mãos, unindo suas histórias com as personalidades da música e os meus conhecimentos sobre desenvolvimento humano.

Infelizmente, outras prioridades nos desviaram e não tivemos a chance de evoluir com aquilo, mas hoje eu entendo melhor o que realmente significava a nossa parceria e a obra que precisávamos fazer juntos pelo mundo.

Quase 20 anos depois daquele ensaio no seu apartamento em Perdizes, e ainda sob o impacto da sua partida, consigo sentir seu brilho em cada lembrança e me entusiasmar pelo propósito de compartilhar o que aprendi com você.

Mais que a justa homenagem por gratidão, me inspira a oportunidade de espalhar sua energia para todos!

Nesta seção da Academia do Entusiasmo, reunimos depoimentos e histórias de quem teve a honra de experimentar o seu amor incondicional pela vida.

Seu entusiasmo permanecerá conosco!

Obrigado por tudo!

* Em memória a Rodrigo Rodrigues, o melhor amigo de infância de todos.


Entusiasmo
Quando eu soube que você estava mal, passei aquela noite em claro tentando entender. Era inacreditável que alguém tão iluminado pudesse partir tão jovem.

Essa doença terrível atacou justamente o seu cérebro genial, interrompendo o fluxo criativo que transbordava entusiasmo em TODAS as direções.

Você era mágico e nós só tivemos a dimensão disso no dia seguinte, quando o Brasil parou para te homenagear.

Muitos devem ter estranhado que um jornalista ainda desconhecido pela maioria fosse tão reverenciado e amado por celebridades de todos os segmentos.

Esses depoimentos são apenas uma pequena amostra do que você representou em nossas vidas.

Selecionamos os personagens e trechos mais marcantes para ilustrar sua capacidade de entusiasmar, porém basta fazer uma busca na internet para encontrar centenas de outras manifestações surpreendentes a seu respeito.

Sua energia pessoal era tão fantástica, que abria todos os corações, aquecendo, colorindo, harmonizando e iluminando quem chegasse perto.

Você era o melhor amigo de infância de todos!

Que um dia possamos decifrar como você desenvolveu esta incrível habilidade para curar mais pessoas.

* Depoimentos de Galvão Bueno, Zico, Alex, Luís Roberto, Roger, Rizek, Junior e Grafite, entre outros.

Anos 80
Não tínhamos ideia do que acontecia, mas éramos muito felizes e queríamos viver intensamente cada segundo.

Desde que voltei a conversar com o Sergio de 10 anos, tenho tentado entender porque os anos 80 foram inesquecíveis para a nossa geração e o que nos deixava tão entusiasmados.

Tenho algumas suspeitas...

Fomos frutos do amor que emergiu nos Anos 70, com a liberdade de pensamentos e o levante da democracia.

Nossa infância coincidiu com o período de reabertura política e os últimos anos da Guerra Fria, de modo que a esperança era o sentimento predominante na mídia.

Nós crescemos amando futebol e rock, com uma pitada new wave, doces coloridos e a brisa do mar.

Caía o muro de Berlim, enquanto as rádios espalhavam amor e consciência nas letras de Renato Russo, Cazuza, Lulu...

Sim, o Brasil e o mundo tinham muitos problemas como sempre, mas o tom emocional estava subindo, projetando um futuro cada vez melhor para todos.

A sociedade estava unida, alinhada com propósitos de muito valor, o que se traduzia em uma perspectiva positiva para sonhar e realizar.

Nos Anos 90, começamos a sentir aquele efeito platô, da acomodação e do desalinhamento. As disputas políticas ocuparam a mídia, substituindo o discurso ENTUSIASTA por um padrão dominante mais crítico e nada inspirador.

A tendência depressiva se intensificou nos anos seguintes e agora eu consigo compreender com clareza porque nos tornamos tão amargos.

Você foi muito especial porque soube preservar aquela alegria infantil dos Anos 80, fazendo o que amava. Aprendeu a proteger e multiplicar seu entusiasmo com muita coragem.

Infelizmente, eu não fui tão habilidoso e caí nas armadilhas da maturidade, quando foquei mais nas questões de grana e deixei meus sonhos morrerem.

Em nossos últimos encontros, era nítido que já não estávamos mais na mesma sintonia, mas eu ainda podia sentir seu entusiasmo generoso e aquilo me confortava.

Que o Brasil e o mundo possam voltar a se alinhar por um propósito de valor, para elevarmos a consciência e empoderarmos nossas crianças.

De onde estiver, saiba que o "Bocaiuva" voltou e que a sua inspiração nos servirá de norte na Academia do Entusiasmo.

Maracanã
Não sei como foi para você, mas a minha primeira lembrança marcante na vida foi a Copa do Mundo de 1982, quando pintamos o País inteiro de verde e amarelo, espalhamos bandeiras e sonhamos com o tetra.

Tínhamos 7 anos recém-completados e eu lembro de cada detalhe, de cada gol, das narrações emocionantes do Luciano do Valle, dos autógrafos que apareciam na tela…

Mesmo com a derrota frustrante para a Itália, acredito que qualquer garoto sentia muito orgulho de ser brasileiro, por causa do futebol arte, alegre e criativo, que nos caracterizava.

Nós cariocas éramos ainda mais apaixonados porque o Zico, grande craque brasileiro, jogava no seu Flamengo.

Vocês tinham aquele timaço Campeão Mundial de 1981, mas o meu Vasco não ficava muito atrás não. Tínhamos o Roberto Dinamite, que também vivia uma fase excepcional.

Nós, tijucanos, íamos quase sempre Maracanã, porque o estádio ficava a poucos quilômetros da nossa casa e o assunto nas escolas era sempre o mesmo.

Havia uma grande rivalidade, mas era algo sadio. Nosso foco não era necessariamente a vitória, e sim a experiência de sonhar com ela até o último segundo.

A explosão de energia por um gol no Maracanã lotado era algo indescritível, uma onda de felicidade que arrepiava cada fio de cabelo, da cabeça aos pés.

Quem levava o gol ficava chateado na hora, mas ninguém se dava por derrotado. Tínhamos certeza de que o jogo poderia virar a qualquer momento e que isso era esporte.

É claro que eu saía triste do estádio quando o Vasco perdia, mas jamais senti ódio dos adversários. Era só uma provocação entre amigos, uma brincadeira que se restringia ao campo e deixava um saldo positivo para todos.

Talvez isso acontecesse porque Zico, Dinamite e seus companheiros sempre duelaram com muito respeito, mas o mesmo acontecia quando jogávamos contra os outros clubes.

O futebol que nos cativou nos Anos 80 era mais cultural e inspiracional do que tem sido hoje. Não havia esse apelo comercial exagerado, nem a concorrência agressiva que transformou torcidas fraternas em exércitos bandidos.

O que isso tem a ver com entusiasmo?

Tudo.

É a diferença entre vibrar na coragem ou na covardia.

A propósito, no final dos Anos 80, o jogo virou: "Recordar é viver, Romário acabou com vocês!"

* Depoimentos de Zico, Junior, Casagrande, Muricy e Mauro Beting.

Rock in Rio
Não sei quando você começou a tocar guitarra, mas desconfio que foi na mesma época em que eu decidi ser tecladista.

Em janeiro de 1985, tínhamos 9 anos quando o Brasil parou para assistir o Rock in Rio, um evento extraordinário e muito marcante para a nossa geração, por todos os sentidos

Além da apoteose artística que reuniu alguns dos maiores nomes da música nacional e internacional, o sentimento de felicidade pela eleição do Tancredo Neves gerou uma onda de entusiasmo sem precedentes.

O movimento Diretas Já! não era unanimidade e nem tinha alcançado o seu real objetivo do voto direto, mas aquilo era considerado pela maioria do povo brasileiro como uma vitória parcial, um passo importante para o resgate da democracia.

Cada artista que subia ao palco sentia essa energia vindo da platéia e se inspirava a retribuir com amor pela arte, produzindo verdadeiras obras primas.

Todos os astros saíram de lá com a sensação de terem feito o melhor show de suas vidas, porque estavam literalmente iluminados.

Eu me lembro de cada intervalo em que o Nelsinho Motta comentava sobre os shows e sentia a vibração positiva daquele momento.

Nos anos seguintes, surgiram dezenas de bandas brasileiras importantes e o Rio de Janeiro sediou outros festivais, como Free Jazz e Hollywood Rock.

Era praticamente impossível que um garoto daquela época não sonhasse com a carreira de músico profissional.

Formamos nossas próprias bandas e acreditamos que aquilo nos levaria ao sucesso, pois o mercado fonográfico estava mais aquecido do que nunca.

No início dos Anos 90, com o lançamento da MTV Brasil e o surgimento de muitos festivais independentes, começamos a nos esbarrar nos estúdios, palcos e camarins.

Em 1992, cheguei a realizar o sonho de ter um videoclipe passando na MTV, mas o contrato com a gravadora não rolou, me desentendi com um dos membros da banda e resolvi focar na faculdade de Comunicação.

Você teve mais entusiasmo para seguir com este sonho e deixou uma obra maravilhosa com The Soundtrackers.

Hoje, consigo ver com clareza o quanto aquele Rock in Rio impactou nossas vidas. Também consigo entender porque as edições seguintes não tiveram o mesmo efeito.

A música e a arte serão sempre veículos para a inspiração, mas é a quantidade de pessoas vibrando na mesma sintonia positiva que efetivamente revoluciona.

E agora? O que podemos fazer para elevar a consciência e empoderar com amor, um número tão grande de pessoas?

Essa é a nossa missão, meu amigo!

* Depoimentos de Evandro Mesquita, Lobão, Rogério Flausino e clipes com celebridades.

Coragem
Rodrigo, a gente nunca saberá porque você partiu tão cedo, mas eu sinto que foi por um bom motivo.

Confesso que precisei experimentar a morte em vida e me acovardar por oito anos, para finalmente descobrir o poder curador da sua luz.

Meu lado racional ainda me sabota às vezes, porém eu escolhi voltar a vibrar na coragem, como aqueles garotos sonhadores que sempre seremos.

Entre a tristeza da dúvida e a alegria da certeza, sei que você está no planeta mais lindo do universo, guardando o meu lugar na fila para o show do Elvis!

Enquanto não chega a minha hora, vou me dedicando a ligar alguns pontinhos por aqui, ajudando quem está disposto a se entusiasmar de verdade, pois “o tempo não para”.

Ah! Antes que eu me esqueça…

Preciso te pedir mil desculpas!

Eu realmente nunca entendi porque você me chamava de "Bocaiuva", desde que jogamos juntos no campeonato de futebol Dente de Leite, do Tijuca Tênis Clube.

Naquela época, eu era goleiro e o nosso time era um dos piores. Não era fácil levar uma chuva de gols enquanto você gritava: vai Bocaiuva!

Lembro vagamente que você me falou sobre um tal goleiro do São Cristóvão, que eu logo imaginei ser um frangueiro.

Aquilo me deixava com raiva, mas com o tempo me acostumei. Era coisa de criança e ficamos tão amigos, que nunca me interessei em descobrir o que significava.

Em 2020, poucos dias depois que você nos deixou, veio a curiosidade de pesquisar sobre o tal Bocaiuva e entender, de uma vez por todas, o tipo de bullying que fazia comigo.

– &%*!@$(**%!!!

Desculpe a reação, mas foi exatamente o que pensei quando encontrei a resposta:

Irineulir Antônio Fróes, conhecido como “Bocaiuva”, foi um goleiro revelado pelo Cruzeiro e que parou o Flamengo de Zico e Cia, no Maracanã, em 1978, atuando pelo São Cristóvão. Num zero a zero, Bocaiuva foi eleito o goleiro do programa Fantástico da Rede Globo de Televisão.
Fiquei sem palavras!

Como assim?????

Passei a vida inteira achando que você me via como um frangueiro, quando na verdade me encorajava a ser o melhor goleiro do mundo (pelo menos uma vez), como aquele que tinha entrado para a história por parar seu ídolo.

Que vacilo!

Por favor me desculpe!

Sergio "Bocaiuva" Buaiz


* Composição de Marcelo Adnet em homenagem a Rodrigo Rodrigues.



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